Ocorria-lhe,
na posição fetal em que quase sempre
acordava, se seria possível desaparecer
por um acto de vontade.
Assim, só,
como se o nada se abeirasse da cama,
afastasse o lençol
e a cobrisse numa noite fechada.
Uma decisão sem regresso.
Cerrar as pálpebras e retirar-se dos olhos
e da consciência,
afundando-se no colchão
como os corpos na terra
que os cobre e os come.