Nenhuma morte é justificada,
mas as de todos
fundam as de alguns.
E o que é que esperavam?
Que baixasse a cabeça, arrastando
os pés
a caminho do matadouro?
A justiça
(aquilo que designam como
justiça)
é o dolo que cola a moral burguesa,
aquela que nos tolhe a mão,
nos tapa a boca e dita a culpa
com o dedo apontado.
É preciso cortá-los,
o dedo e a culpa.
Atirar a matar.
Nunca há segunda oportunidade.