Consciência de si
Talvez (mas como medir
o peso de um talvez? Afirmação de fé,
de dúvida, afirmação apenas
da falta de fé que permitiria dizer que sim
e que sim, de olhos fechados e coxas
abertas?) a Fenomenologia do Espírito
fosse a definitiva
revelação do sentido do mundo.
Uma epifania dos olhos, dos dedos e da língua,
uma forma frágil e final de consciência cega.
O desejo, supunha. A existência do outro
como carne e como coisa.
Nem ponto de partida nem lugar de chegada.