2.9.24


Fala de Telémaco, filho de Ulisses, o saqueador de cidades, dirigindo-se à mãe, Penélope

Agora (e o que é agora?, perguntava-se,
quem dita o tempo, quem separa a língua
da ordem do mundo?,
a quem pertence a hora e a quem pertence a voz?
Quem dá, quem tira, quem cala?), 
agora, pois,
diz Telémaco, na versão de Frederico Lourenço,
volta para os teus aposentos e presta atenção
aos teus lavores, ao tear e à roca; ordena às tuas servas
que façam os seus trabalhos. Pois falar é aos homens
que compete, a mim sobretudo: sou eu quem manda nesta casa.