Começaria por contar as horas.
Uma, duas, três,
quase incrédula de que tal distância
medisse só isso,
cinco, seis, sete, até que as horas
se acumulassem para
que fosse noite e depois outro dia,
na manhã seguinte,
e o dia inteiro até ter passado.
Seria então tempo de contar os dias.
Um, dois, três,
depois uma semana,
e outra vez tão lento, o tempo,
como quem só lamenta ter vivido.
(Não era seu, o título. Tão-pouco a sua vida.)