Falava de fantasmas, de facto.
Do tempo (o out of joint
de todas as formas de consciência:
o espanto, o medo, a vergonha,
o amor), do não,
do já não e do ainda não.
Do nunca como eufemismo dos olhos
e da ponta dos dedos — aquilo
que os ingénuos tomavam por poesia.
Da sombra e da assombração. Da luz.
Do deslumbramento. Do poder ter sido.
Corpo, presença, ou nome no qual
não coubesse o mundo.