30.10.24


Logocentrismo ou confissão ingénua

(Conseguia imaginar
o mundo como uma comunidade.
Pessoas que escreviam, que liam,
que discordavam, que discutiam, 
que se apaixonavam,
que se desiludiam
e desviavam os olhos,
ou se calavam mudas
de admiração.
Mas uma comunidade,
um lugar no qual, nas palavras,
coubesse o mundo. Ou no qual,
transformando o mundo
em palavras,
as palavras pudessem
transformar-se em mundo.)